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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Eu quero celebrar Natal com vocês!

Deus fez um marco na nossa história, até mesmo os que dizem céticos fazem uso das letras a. C e d.C. antes e depois de Cristo . Com o nascimento de Jesus o tempo deixa de ser uma abstração e passa a ser uma dimensão de Deus. O palco dos acontecimentos, a arena da história não é mais no céu e sim na terra, a vida acontece aqui e agora. Deus veio lutar pela vida entre nós. Ele não habita apenas nas alturas mas se empenha pela vida dentro de nós e dentro da história. O conceito de um Deus atemporal, distante de nós que não experimenta passado, presente, futuro se esvazia. Deus quer experimentar o tempo. Agora temos esperanças. A espera que Herodes morra para voltar do Egito a Nazaré. O desgaste de passar 40 dias e 40 noites sem comer. Aos doze anos, Ele ia crescendo em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens. Ele diz a sua mãe: “A minha hora ainda não chegou”. Deus no tempo é o Deus compassivo, é o Deus amigo, é o Deus sábio. Na plenitude do tempo só conhecemos Deus verdadeiramente a partir de Jesus Em Jesus os espaços perdem gradações, hierarquias – ele nasce humilde numa manjedoura. Quem sabe está aí a razão porque muitos fazem presépios. Qual seria o lugar mais sagrado para receber o filho de Deus? Onde repousava uma criança tão especial que ia crescer e fazer sinais e maravilhas? Em algum palácio? Na casa do homem mais rico da cidade? Em algum altar cravado de ouro e pedras preciosas? Não, Ele foi encontrado num estábulo, numa manjedoura. Nascer numa manjedoura é metáfora para nascer em corações menos valorizados, em vidas menos avaliadas. Tanto que agora quer ir até a casa de um Centurião, quer ir para casa de Marta e Maria, vai comer na casa de um fariseu importante, pede para se hospedar na casa de um rico publicano chamado Zaqueu. Na casa de Lázaro, um jantar é preparado para Ele. Jesus nasceu em um lugar tão desprestigiado, com certeza nascerá também no coração da mulher que ninguém daria nada por ela ou do homem que ninguém quer bem. As aparições de Deus por meio do seu filho perderam o poder de intimidar. Deus em Jesus é revelado como afirmador da nossa humanidade.Nas narrativas do nascimento de Jesus, fala da bravura de não ter medo “não tenha medo”: Nos evangelhos de Lucas e Mateus encontramos: “Não tenha medo, Zacarias”. “José, não tenha medo de receber Maria como tua esposa, pois o que nela está gerado é do Espirito Santo”, Maria mulher agraciada entre as mulheres. A Maria foi dito também, “Não tenha medo, o nascimento da criança seria virginal e por obra e graça do Espirito Santo”, os pastores no campo também ouviram: “Não tenham medo”. Glória a Deus nas alturas e paz na terra a homens e mulheres que Ele quer bem. Deus visita a humanidade não porque está enraivecido, mas por querer despejar paz sobre homens e mulheres. Fica claro que o Deus de cara austera é apenas uma construção religiosa, visando provocar submissão pelo medo. Em Jesus está o sorriso, cânticos de anjos nas alturas, estrelas brilhando, animais tranquilos. Dos lábios divinos vem afirmação: Paz na terra. Agora podemos celebrar a vida. Deus é por nós. Partilhamos no pontilhar do violeiro, nos poemas dos poetas, nas confidências dos amigos, nos gracejos dos humoristas e pais contando casos, nas conversas ao pé do fogo, nas brincadeiras dos adolescentes. Celebramos o nascimento de Jesus sem preocupar ou discutir data, credo ou posição social, por isso podemos assentar à mesa posta para celebrar um belo jantar Deus é a favor da vida, Ele se alegra com nossa alegria, festeja nossa felicidade, aposta em nossa leveza e faz de tudo para aliviar nossa culpa. Ele não mede, não contabiliza seus atos de bondade, não lança em rosto o bem que nos fez. A primeira revelação real que temos de Deus vem no rosto de um menino, não mais um rei, não mais um juiz, não mais um general, não mais um esposo – Ele quer que guardemos essa primeira imagem. Quero que fiquemos com o rosto de uma criança na retina e construção da nossa percepção de Deus. Isaías 9.6: Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso, Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz. Jesus gostava muito das crianças. Ele chamou os pequeninos para perto de si e aos já crescidos avisava que não deixassem de ser como crianças, quem não se fizer como uma delas jamais veria o reino dos céus. Teriam de voltar a ser crianças. Nicodemos se atrapalhou completamente com tal afirmação pois era homem adulto, respeitável, levava as coisas a sério, ao pé da letra e pensou que Jesus falava de obstetrícia. Ao que Jesus retrucou: “Não estou falando de obstetrícia, Nicodemos, é o vento. O vento sopra…” E ele deve ter ficado mais confuso ainda. “As crianças vêm coisas que os adultos não podem ver” Temos mais razões para celebrar o Natal do que brigar com uma data tão bonita. Jesus veio, veio por amor a todos. Feliz Natal para quem quer celebrar e ser Feliz! Por Pastor Elizeu Gois. Publicação de 15 de Dez/2014.

Um comentário:

Pastor Ricardo Xavier Bastos disse...

Maravilha de texto Pastor Elizeu, deixou-me mais leve, menos sobrecarregado, me fez entender mais sobre o amor de Deus expressado numa criança, na leveza da sua expressão, nas atitudes de paz e não de guerra para com a humanidade sofrida, "nós". Como Deus nos quer bem. Agradeço-te Jesus!

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